segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Frio.

Da série rascunhos não publicados.


Somos a caixa de pandora.

se aberta,

amores, dores, profundas.

Se fechada,

solidão.

Só eu.

Da série rascunhos não publicados.


Se não fosse você seria frio,

....

seria só mais um na multidão,



leve bem leve bem leve,

....

bem breve me leve com você.

....


se não fosse você seria um rio,

....

seria só mais eu e a solidão.

....

só mais eu e ninguém mais não.

Um amor que já não é mais.

Da série, rascunhos não publicados...

Então, findou-se o que era fogo,

 já rouca,

rogo bravamente por um amor já acabado.

Tempo.

Dias e dias se passaram,
até se formarem um ano,
e aqui estou eu,
em busca de mim mesma,
mas ao menos em busca de alguma coisa.
O tempo, as pessoas, lugares, sentimentos,
tudo passa.
De uma forma tão efêmera e assustadora
que tudo parece não ter sentido.
Calada e pensativa,
E talvez buscando a resposta de sei lá o que,
sigo o meu caminho,
que assustadoramente não sei onde vai dar.

E se soubesse, o que faria?

Depois de muito tempo sem escrever, me deparo com milhares de rascunhos que não publiquei, que postarei de mim, para mim.



"Mas a única coisa que só você tem e mais ninguém é você" ( O discurso Faça Boa Arte de Neil Gaiman)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O sonho.

Fora apenas um sonho,
em que dançávamos emocionados pelo momento,
e que meus lábios sem muita certeza encostavam
nos teus.
Acordei e ouvi o barulho de um avião
sobrevoando a minha janela,
e lembrei-me de um tempo em que balbuciava
coisas doces ao meu ouvido,
e que aviões me traziam nostalgia.
Vida voa,
muda de coreografia,
de cenário,
e faz com que palavras e promessas passem
tão rápido quanto aviões que sobrevoam janelas.



terça-feira, 26 de junho de 2012

Maremoto.




Dentro de mim, um mar revolto,
passos em desacerto,
que já não conduzem a lugar algum.
Caminham ao teu encontro,
E são desencontros o que encontram.
Silêncio,
Saudade.













Adeus
Vou pra não voltar
E onde quer que eu vá
Sei que vou sozinho
Tão sozinho amor
Nem é bom pensar
Que eu não volto mais
Desse meu caminho
Ah, pena eu não saber
Como te contar
Que o amor foi tanto
E no entanto eu queria dizer
Vem
Eu só sei dizer

Vem
Nem que seja só
Pra dizer adeus

(Pra dizer adeus - Tom Jobim)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Um lugar.

Aqui,
no lugar onde está tudo errado,
eu poesia
você agonia
Aqui,
no lugar onde tudo está revirado,
eu invento nostalgias
você detesta melancolias.
Aqui,
no lugar onde está tudo bagunçado,
eu pretérito perfeito
você ideal desfeito
Aqui,
no lugar onde tudo está avacalhado
eu desânimo comportado
você cabaret anarquizado