terça-feira, 9 de setembro de 2008

(Um parêntese)


Na madrugada vazia e sem assuntos, o medo costuma rondar minha mente,
medo do depois.
Pensei em como seria chato e enfadonho a eternidade sem dores,sem escuro,sem pecados.
Pensei também em como seria doloroso uma eternidade de sofrimento
e de como não faria o mínimo sentido se depois da Torre Eiffeil,do sol de todos os dias,do Pão de açucar e dos sorrisos,não existisse mais nada,se tudo simplesmente acabasse em um fechar de olhos.
Pensei que seria cruel se retornassemos várias vezes em personagens diferentes a um lugar que ao meu ver só tende a piorar e que seria mais cruel ainda não voltar a esse lugar.
Pensei,em como é estranho o fato das pessoas terem medo de quem já se foi,de quem um dia já foi de carne e osso e que provavelmente também teve medo do que se tornou.
Pra onde a gente vai depois daqui?Essa resposta tem sido minha maior ambição,o que sei,é que gosto daqui,gosto de estar aqui,gosto do que é humano,do que sangra e é paupável,gosto da dor e dos abraços,dos sorrisos e muitas vezes gosto também das lágrimas.
O medo tem sido meu pior inimigo.
Resolvi,não morrer.
Ou melhor,viver.






(Jéssica Bittencourt)


Sempre só
eu vivo procurando alguém
que sofra como eu também
mas não consigo achar ninguém

Sempre só
E a vida vai seguindo assim
Não tenho quem tem dó de Mim
Tô chegando ao fim

A luz negra de um destino Cruel
Ilumina um teatro sem cor
Onde eu tô representando o Papel
Do palhaço do amor

Sempre só
E a vida vai seguindo... vai Seguindo assim
Não tenho quem tem dó de Mim
Tô chegando ao fim

A luz negra de um destino Cruel
Ilumina um teatro sem cor
Onde eu tô representando o Papel
Do palhaço do amor

Sempre só
E a vida vai seguindo assim
Não tenho quem tem dó de Mim
Eu tô chegando ao fim

Eu tô chegando ao fim
Eu tô chegando ao fim
Eu tô chegando ao fim

(Luz Negra - Nelson do cavaquinho)