sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Tempo, tempo, tempo, tempo...


Como quem não quer dizer adeus, eu fui...
guardei em mim, deixei ali... pessoas...
existem pessoas... AQUELAS pessoas...
que fazem tudo parecer mais leve, mais suave, mais doce...
é como andar em nuvens, cair e não se machucar ou como
quando se é criança e que tudo é motivo de riso ou de choro.
Doce mesmo é se estar com quem se gosta, amargo talvez seja o contrário...
É chato dizer adeus...
Partir... Partir o coração...
Partir laços... Partir lugares... Partir...
Lembranças não partem, não sabem dizer adeus , elas ficam onde estão,
exatamente como no dia que brotaram.
Não se perdem, sempre sabem o caminho
até os olhos, é nessa hora que elas passam a ser palpáveis...e derramam, fogem de dentro, querem correr pra bem longe e sempre voltar.
O tempo costuma nos assustar, mudar sem pedir lincença, se transformar em passado quando ainda é cedo, se transformar em passado quando ainda se quer ser presente.
Faz com que o futuro seja sempre incerto, assustador, inimaginável...
O tempo tem dessas coisas, cria laços, destrói laços, cria laços, destrói laços...
Mas existem pessoas, AQUELAS pessoas, que o tempo, Maligno vilão, não consegue apagar, é nessa parte da história que ele se transforma no mocinho e faz com que a distância aumente laços, com que as lágrimas dêem mais força e com que as pessoas, AQUELAS pessoas se tornem cada vez mais especiais.


Para meus amigos, família e todos que me fazem sentir felicidade.
Espero que o tempo tenha sido tão mocinho pra vocês quanto tem sido pra mim.
(Jéssica Bittencourt)


Amigos a gente encontra
O mundo não é só aqui
Repare naquela estrada
Que distância nos levará
As coisas que eu tenho aqui
Na certa terei por lá
Segredos de um caminhão
Fronteiras por desvendar
Não diga que eu me perdi
Não mande me procurar
Cidades que eu nunca vi
São casas de braços a me agasalhar
Passar como passam os dias
Se o calendário acabar
Eu faço contar o tempo outra vez, sim
Tudo outra vez a passar
Não diga que eu fiquei sozinho
Não mande alguém me acompanhar
Repare, a multidão precisa
De alguém mais alto a lhe guiar
Quem me levará sou eu
Quem regressará sou eu
Não diga que eu não levo a guia
De quem souber me amar

(Quem me levará sou eu - Manduka\Dominguinhos)


E agora, de sobremesa, vamos comer Caetano...
"Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo..."

(Oração ao tempo - Caetano Veloso)

4 comentários:

Anônimo disse...

Tempo com certeza foi mocinho. Bitten amizade como a nossa o tempo não apaga.
Te amo!

404 Not Found Again disse...

ai, poxa que lindo, me identifiquei também, tu sabes :)

Márcia, vulgo Feto disse...

Lindo de emocionar Bitten.
Saudade pulsante por aqui. Que seja mocinho esse longo tempo =)
Bjao

Fóssil disse...

Lindo!