segunda-feira, 11 de maio de 2009

De que me vale.




Sigo assistindo a esse ballet horroroso que dançamos,
tanta coisa que não consegue sair de minha boca,
teus lábios,
parados,
aqui.
A cada passo do ponteiro é mais um milímetro
teu que me é tirado,
te perco,
me perco,
em ti.
E vamos no compasso
de um relógio descompassado,
de um ballet desritmado.
Sigo assistindo.
Existindo.
Resistindo.

(Jéssica Bittencourt)




Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma à sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha mágoa
É minha dor e os meus olhos rasos d'água
Eu na tua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu só errei quando juntei minh'alma à sua
O sol não pode viver perto da lua
(O espinho e a flor - Nelson Cavaquinho)

3 comentários:

Caldereta das Idéias disse...

Você tem muita coisa pra resolver. Quero saber se resolveu!

"Se ao menos os teus dentes se convertessem em punhais de prata e fossem corajosos para ir até o fim. Sim, acabar de uma vez com essa estranha dança que não precede o orgasmo, mas a morte." by "laionél" hahah

beijim.

404 Not Found Again disse...

e quem que dança nesse ballet?

Fóssil disse...

Que dicotomia engraçada! Assistindo e dançando o ballet ao mesmo tempo... adorei!