sexta-feira, 1 de maio de 2009

Podia ter dormido sem essa.



Ali senti raiva de todos os seres da terra,
eu, ser terráquio, também era digna de minha própria raiva.
Lembrava do teu beijo e já nem me fazia sentido,
era nojo o que fazia sentido.
Vi naquele momento meus fantasmas gargalhando de minha desgraça.
Queria gritar, mas calei,
sem entender muito bem o que acontecia,
paralisada, prestava
atenção em coisa nenhuma.
Teimava em rodear em pensamentos insignificantes, que
não me levavam a lugar nenhum,
uma espécie de tentativa frustrada de solução.
era bem audível o cheiro dos meus olhos que soluçavam sem titubear.
água e dor, água e dor.
ardor.
(Jéssica Bittencourt)

Devagar
Esquece o tempo lá de fora
Devagar
Esqueça a rima que for cara.
Escute o que vou lhe dizer
Um minuto de sua atenção
Com minha dor não se brinca
Já disse que não
Com minha dor não se brinca
Já disse que não.
Devagar
Esquece o tempo lá de fora
Devagar
Esqueça a rima que for cara.
Escute o que vou lhe dizer
Um minuto de sua atenção
Com minha dor não se brinca
Já disse que não
Com minha dor não se brinca
Já disse que não.
Devagar, devagar com o andor
Teu santo é de barro e a fonte secou
Já não tens tanta verdade pra dizer
Nem tão pouco mais maldade pra fazer.
E se a dor é de saudade
E a saudade é de matar
Em meu peito a novidade
Vai enfim me libertar.
Devagar...
(Samba de um minuto - Roberta Sá)

3 comentários:

Fóssil disse...

Perdi a conta de quantas vezes senti algo parecido...

Ana Áurea disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Áurea disse...

Adoro teus textos,eles sempre são cheios de sentimentos impressos *-*