terça-feira, 7 de abril de 2009

Comentário infeliz.



Você chorou em cena,
Essa poesia é muito boa.
Tinham uns cabos no chão, eu tinha medo de tropeçar.
Ele não é gordo, só tem barriga.
Você acha ele bonito?
Café com pão, café com pão, café com pão.
Morte prematura.
Pega a chave e abre a porta lá embaixo.
Cecília Meirelles.
Faz com que eu sinta que amar é não morrer.
Escarra nessa boca que te beija!



Tudo se confundia assim em minha mente,
confusa, eu lia sem exaltar,
café com pão, café com pão,
cada vez mais rápido.
Sensações de arrepio, flashes da noite anterior,
tonturas,mau humor,
eu, embriagada pelo meu próprio veneno
desejava estar em algum outro lugar qualquer,
não que fosse ruim, o ruim ali era eu.
No mais profundo amago...faleci... assim, sem que ninguém percebesse.
Morta, ali fiquei, até que o cheiro podre de meu olhar vazio repousasse sobre minha cama fria.

(Jéssica Bittencourt)



Eu não sei o que o meu corpo abriga
Nestas noites quentes de verão
E nem me importa que mil raios partam
Qualquer sentido vago de razão
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Outra vez vou te cantar, vou te gritar
Te rebocar do bar
E as paredes do meu quarto vão assistir comigo
À versão nova de uma velha história
E quando o sol vier socar minha cara
Com certeza você já foi embora
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Outra vez vou te esquecer
Pois nestas horas pega mal sofrer
Da privada eu vou dar com a minha cara
De panaca pintada no espelho
E me lembrar, sorrindo, que o banheiro
É a igreja de todos os bêbados
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Eu ando tão down
Down... down
(Cazuza - Eu ando tão down)





Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão
esta pantera
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo.
Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
(Versos íntimos - Augusto dos Anjos)

4 comentários:

Caldereta das Idéias disse...

A música dediquei pra uma sensação abstrata. Não é para ninguém não...

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Pelo contrário. Você não faz idéia do quão brilhante você é. Mal te conheço, mas só de te observar em palco consigo perceber fácil.
Mas se estiver infeliz é só fazer uma escolha.

beijos jéssica! :)

♥♥♥♥♥ Jennifer™® ♥♥♥♥♥ disse...

your blog is good good good

Fóssil disse...

Amei essas intertextualidades! Você realmente soube criar algo novo de algo que já existia. Não é rpa qualquer poeta! =]

Márcia, vulgo Feto disse...

AAHHH como eu amo "Versos Íntimos"!
Muito bom mesmo Bitten, esse toque dadaísta foi fascinante.
Bjao, e mt saudade!